sábado, 30 de janeiro de 2010


Homens são de Apolo, mulheres são de Dionísio. Homens são pintores e desenhistas, mulheres são musicistas e poetizas. Homens vivem dos olhos, mulheres vivem do tato. Homens gostam do sexo no claro, mulheres fazem sexo no escuro. Em algum momento da vida do Cosmos a harmonia entre princípios apolíneos e princípios dionisíacos se perdeu, diria Nietzsche. Então, digo eu, foram criados o homem e a mulher.
O homem é anatômico, a mulher é sinestésica
Homens beijam com o olho aberto, mulheres beijam com o olho fechado. O homem, ser dos olhos, inventou o Iluminismo e, depois, o positivismo. Elegeu a ciência como sua rainha. A mulher não participou do Iluminismo e bem menos ainda do positivismo. Elegeu a religião como sua práxis. A mulher pensa com o tato, o homem pensa com os olhos. O homem é o único capaz de deslizar em favor da estética serena das artes plásticas, enquanto que sem a mulher não haveria rima, música, dança e perdição.

Quando um homem cruza com uma mulher na rua, se ele é homem mesmo, ele confere rosto e nádegas. Quando uma mulher cruza com homem na rua, ela se vê atraída pelo seu perfume ou, melhor ainda, pelo “cheiro de homem”. Como os gatos, as mulheres usam os bigodes para não queimar a língua, usam o olfato, perto dos bigodes, para se precaver contra um leite muito quente ou azedo. Homens, como os cachorros, grudam qualquer osso e, ao mordê-lo, o coloca diante das patas e olham constantemente para ele enquanto o devoram.

O homem é inventor dos binóculos e telescópios. As mulheres são inventoras de medicamentos. O homem usa os olhos para receber outro ser no mundo, seu filho, por exemplo. A mulher não, quando ela gera outro, ela nem pode ver, ela só sente.

“Ah, mas eu sou homem e não sou assim, minha cara”. “Ah, mas eu sou mulher, e não sou assim, minha linda”. Caso sua reação for essa, um aviso: você não é de todo homem. O mesmo digo para você outra: você não é de toda mulher. Isso não diminuiu ninguém. Não é um xingamento, é apenas a apologia de uma psicologia elaborada a partir de uma perda que houve em algum lugar do Cosmos.

Menina Virgem
 
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